Pesquisa aponta desempenho entre os melhores do país
A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE, apontou uma queda de 0,5% nas vendas do varejo restrito brasileiro no mês de dezembro de 2012, em relação a novembro, o primeiro resultado negativo após seis meses consecutivos. Mesmo assim, o ano de 2012 fechou com crescimento acumulado de 8,4% nas vendas. Já a receita nominal do comércio também variou negativamente 0,2% (desde junho de 2012, a série não apresentava resultados negativos), mas encerrou ano com expansão de 12,3% no total. Veja a pesquisa completa aqui.
Dentro do varejo restrito, os setores que mais apresentaram evolução foram hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (variação de volume de vendas de 8,4% ao ano e impacto de 44% na taxa anual de varejo); móveis e eletrodomésticos (12,3% e 26,6%, respectivamente) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,4% nos dois índices).
Em Santa Catarina, a variação mensal das vendas do varejo restrito foi de 1,1% na comparação com novembro, o que fez com que a região apresentasse um dos maiores acréscimos do país neste segmento da pesquisa. A região teve a quarta maior participação na composição do índice do comércio varejista, com 5,9%. Na variação acumulada do ano, o volume de vendas em Santa Catarina teve crescimento de 7,41% e a receita nominal 11,52%.
Já os setores que fazem parte do varejo ampliado tiveram crescimento anual de 1,3% no volume de vendas e 1,1% na receita nominal em relação ao mês anterior. No quadro de comparação anual, o volume de vendas se expandiu 5% e a receita nominal 7,7%.
Veículos, motos, partes e peças tiveram um crescimento de 8,3% em relação a novembro, com ajuste sazonal, 6,8% na comparação com dezembro de 2011 e 7,3% no acumulado dos 12 meses. No que se refere às receitas nominais, os índices positivos foram de, respectivamente, 6,7%, 3,7% e 4,2%. Os dados do setor de material de construção foram, no volume de vendas, 3,6% maiores com relação ao mês anterior, 8,8 % com relação a dezembro de 2011 e 10,1 % no acumulado do ano.
Para a Fecomércio-SC, a relativa estabilização e queda do volume de vendas e das receitas nominais no comércio varejista restrito – na comparação mensal – reflete um momento de redução do consumo dos brasileiros decorrente do baixo crescimento da economia nacional no ano passado. Veículos, motos, partes e peças e material de construção seguem com alguma dinâmica positiva de crescimento porque têm ainda o impacto direto das medidas do governo destinadas a aquecer estes setores, ou que o afetam indiretamente, como no caso do programa Minha casa Minha vida e o setor de material de construção.
A tendência, com a retomada de um crescimento econômico mais potente, é que os resultados das vendas e das receitas nominais se expandam no decorrer do ano de 2013. Este crescimento seria sustentado na continuidade do aumento do emprego, da renda e do acesso ao crédito.